EU ERREI

“Oi, Rayra. Eu errei.

Fiz coisas que desaprovo, estou sentindo vergonha de mim mesmo, gostaria de me sentir melhor, mas meus erros me acusam, eu me acuso. Mesmo lendo bastante, o sentimento não muda... estou despedaçado... já pensei em me matar... Você pode não me responder, mas já agradeço por ler. Obrigado, mestra.”

Oi, amigo...

EMPATAMOS! Eu também já errei. Muito.

Magoei pessoas que não mereciam, fui grossa quando era desnecessário, desvalorizei quem merecia meu cuidado, negligenciei a mim mesma vááárias vezes, já fiquei em relacionamentos tóxicos porque não queria ficar sozinha (Sozinha? É, eu não sabia que minha própria companhia era ALGUÉM), eu já menti, já senti vergonha, já me mantive puta com pessoas que se equivocaram comigo e tentaram reparar as coisas, já me depreciei. já errei comigo e com outras pessoas.

Agora vem cá e me diz: Quem nunca?

Eu imagino você vendo meus vídeos, lendo meus textos e deve pensar que eu nunca fui ao banheiro, né?

Tá enganado, parceiro... e te adianto que de lá de dentro não sai cheiro de rosas só porque eu sou uma escritora bem sucedida.

Deixa eu te contar: MESTRES VÃO AO BANHEIRO.

E SÃO MESTRES SÓ DE SI MESMOS.

O que sinto é que você:

1. Reconhece que errou.

2. Está bem arrependido e melhor, disposto a não errar novamente.

3. Mas não aceita que errou. Amigo, eu tô sentindo teu sofrimento e tua dor interna daqui, mas perceba com carinho: isso é arrogância, todo mundo erra, todo mundo faz merda na vida, você não é o primeiro, não será o último e não vai parar de cometer equívocos. É da Vida.

É. É da Vida. E não brigue com ela por isso.

Faz o teu melhor a cada dia e não se compare com supostos “santos”, com os filósofos que largam seus raciocínios bem arquitetados na mídia atrás de aplauso e parecem incríveis, são todos pessoas... apenas seres humanos com tudo o que a humanidade tem.

Já senti culpa, remorso e já me puni muito por essas coisas todas. No fundo de mim, eu achava que não merecia ser tão feliz assim, que eu até merecia “expiar” meus erros um pouquinho pra compensar... Ahã... “compensar”...

Como se punição ajudasse em alguma coisa...

Não, PUNIÇÃO e EXPIAÇÃO NÃO EDUCA, CONSCIENTIZAÇÃO EDUCA, esclarece, transforma consciências embrutecidas em mentes mais dóceis, empáticas, LÚCIDAS!

Errar não é errado, faz parte do aprendizado.

O sentimento de dor por tudo o que você fez não vai te tirar daí, desse lugar frio e escuro. As duas primeiras etapas, você já fez: reconheceu que errou e se dispôs a não repetir. Parte para as duas próximas:

1. Se desculpe com quem PUDER e se não puder, escreva uma carta e queime.

2. Perdoe a SI e SE ABSOLVA.

Hoje, você É OUTRA PESSOA, TEM OUTRA CABEÇA E NÃO TEM QUE PAGAR DÍVIDA NEM DESSA VIDA E NEM DE VIDAS PASSADAS.

Essa teoria funcionou em determinado momento da Humanidade e ainda funciona para quem está nessa frequência, mas para outras pessoas, é absolutamente DES-NE-CES-SÁ-RIA. Exatamente. (E que venham as pedradas...)

Se você reconhece que errou com alguém, não precisa de jeito nenhum passar pela mesma coisa. Vai lá e conserta. Mesmo assim, SÓ SE der. Se não der, não repete e muda. Só.

E segue em frente, limpo, renovado.

“Eis que faço novas todas as coisas” Bíblia.

Mas, Raaaaaayra, é injusto com quem recebeu a ofensa!!!

Injusto nada.

VIBRAÇÃO É A MAIOR JUSTIÇA.

Se alguém vibrou “sou capacho”, a única coisa possível era “ser pisado”.

É CHAVE-FECHADURA. Fim.

Lógico que você não vai sair por aí sacaneando todo mundo, só porque quem for sacaneado é porque vibra na frequência de ser “sacaneável”. Isso é crueldade. Sejamos razoáveis.

QUEM VIBRA, RECEBE. Ponto final.

Mas a culpa é inútil por isso e injusta porque não enxergamos que: não machucamos ninguém e não somos e nem fomos machucados por ninguém.

Somos espelhos e reflexos uns dos interiores dos outros e o Universo nos usa como ferramenta e instrumento para mostrar o que cada um faz consigo mesmo.

Você recebeu mentiras porque mentia pra si, se ignorava, fugia da sua verdade e SE traía, seu par foi lá e mentiu pra você. Ele é um filha da puta? Não, ele é mais um adormecido e inconsciente do gado, que não entendeu que “não se faz isso com o coleguinha”, mas não passa de um instrumento do Universo para mostrar o que você fazia consigo muito antes de ser enganado.

Você nesse e-mail, fala de erros seus.

Então tá, indulgência e gentileza servem pra gente também: não sei a que ponto você errou para pensar em suicídio, mas uma coisa eu te digo, se você ainda está vivo, aproveite essa oportunidade para mudar sua postura e fazer o oposto do que condena. Assim, você se sente melhor consigo mesmo, se vê de uma outra forma e se dá mais uma chance.

Afinal, se você, por exemplo: induziu algum jovem às drogas ilícitas, despedaçou um coração feminino (ou masculino) ou bateu na sua mãe (ao pensar nisso, eu quis te bater também, mas apenas ria, a gente é imperfeito e tenta não julgar, mas nem sempre consegue, risos), vai lá e se junte a uma associação de recuperação ou prevenção de adictos, peça perdão à pessoa que emocionalmente defraudou e cuide dos seus próximos relacionamentos com humanidade e empatia, peça perdão à sua mãe e mostre dia-a-dia que ela é uma rainha em sua vida.

Não vou te enganar não, algumas pessoas morrerão com ódio de você, elas não sabem que atraíram o que você fez e vão fazer questão de permanecer na angústia, sofrimento e alimentar o próprio vitimismo, faça a sua parte e siga LIVRE.

A cada amanhecer há um “novo velho” Sol te dizendo que uma nova oportunidade despontou para você manifestar a sua versão 2.0.

Pegue sua própria mão, seja gentil com você mesmo, cuide-se como cuidaria do seu próprio filho e SE SAIBA um novo homem.

Paz Profunda.